Católicos x Evangélicos. Ainda existem diferenças?

Ao observar o comportamento de católicos e evangélicos com suas diferentes doutrinas e valores teremos uma surpresa. Ambos são muito parecidos, ainda que na teoria muitos lideres religiosos apregoem em seus púlpitos o quanto cada qual é melhor que o outro e que se afirme a “superioridade e verdade” de suas crenças, porém na prática são muito semelhantes.

Enganam-se quem disser que em comum possuem apenas a fé em Deus, em Jesus Cristo e na Bíblia. Jesus disse de maneira clara que pelos frutos conhecemos a arvore. Não faz sentido dizer que uma figueira é uma videira só porque tem uma placa que diz isso enquanto os figos são abundantes em seus ramos. Do mesmo modo dizer que um evangélico é evangélico por estar em uma igreja evangélica ou um católico o é por estar em uma igreja católica parece óbvio e perceptível; mas no dia a dia, fora do ambiente religioso ao se observar as condutas e como cada um vive sua fé, então poderemos analisar se o que se prega é o que se vive. Vamos aos frutos de ambos.

O amor ao próximo, todos afirmam a importância disso, mas sempre que podem excluem, discriminam e inferiorizam a tudo e todos que são de “outra religião”, riem-se do feio, do gordo, do magro, do bêbado, do pobre, falam mal no trânsito, na fila do banco, e sempre que podem encontram-nos outros os culpados por seus próprios erros ou infortúnios. E perdoar então... Já ouvi de ambos pérolas como: “ eu te perdôo, mas não quero mas falar contigo”.

Quanto aos ídolos, um diz que as imagens de esculturas em altares são apenas para lembrar e honrar e não para se adorar, o outro substituiu os ídolos com formatos e feições humanas por carros, motos, computadores, casas luxuosas, e os altares são garagens, e terrenos. Ai daquele que tocar numa imagem sem reverência e ai daquele que encostar no seu lindo carro polido e adornado.

Quanto a liturgia das missas e cultos, um segue um roteiro escrito entregue a cada fiel que entra no templo, já o outro utiliza um roteiro que não é distribuído. Mas ambos seguem suas rotinas e quando se sai do roteiro ou erra na execução então vem as críticas e penalidades.

E o dinheiro... Cada um busca o maior lucro possível com o menor esforço, todos são orientados ao dízimo e enfatiza-se a importância de plantar sementes. Neste ponto devo enfatizar uma diferença. Os católicos não são rigorosos nas suas arrecadações e não são punidos por tal falta de compromisso. O evangélico é já muito instruído acerca de todas as pragas e maldições que sobrevirão sobre aqueles que não honrarem tal compromisso. E as sementes.... Quem muito planta muito colhe, é quase um mantra nas igrejas e o estímulo ao acumulo de riquezas superou em astúcia até mesmo a venda de indulgencias na idade média. Se na idade média se vendia o perdão de pecados passados e apólices para os pecados futuros, ainda que a arrecadação tivesse objetivos “nobres” como a edificação de templos; Hoje nas igrejas evangélicas temos todo tipo de campanha de arrecadação com todo o tipo de voto apoiado em um misticismo numérico que certamente vai atrair até os esotéricos e numerólogos às igrejas. São eventos e esquemas tipo, 3 dias de campanha, 7 elos, 12 sementes (de 12 discípulos), R$91 reais e o mal não entrará na sua tenda (salmo 91), R$ 300 e a unção de Gideão e dos 300 homens estará sobre sua vida. Votos de R$ 1000 e a sua família será salva, R$900 e sua vida financeira vai deixar até Salomão com “inveja”. Neste quesito os pastores, bispos, profetas e apóstolos modernos deixaram todos os Papas para trás. Antes bastava criar uma encíclica papal para legitimar uma heresia, afinal o povo não conhecia a bíblia por não ter acesso a ela (era exclusiva do clero). Na atualidade temos profecias, visões e revelações extra-bíblicas para justificar todas as deturpações e o pior é que mesmo com o acesso amplo à Bíblia o apelo ao fique rico, seja um empresário, realize todos os desejos do seu coração se tornou algo mais importante do que examinar as Escrituras Sagradas e se perguntar se o real desejo de Deus é uma vida de busca pela riqueza. Será que os cristãos de Beréia (at 17) estão se mudando para Sodoma e Gomorra.

Na igreja católica tem-se a encíclica da infalibilidade papal, ou seja, o Papa não erra, pois é o escolhido de Deus e como tal não pode errar. Os líderes evangélicos já têm a sua encíclica própria que afirma que “ai daquele que tocar no ungido de Deus”, deste modo quem tocar nos seus egos, tocar nas suas vontades é réu de condenação, e punições eclesiásticas, nem é preciso ou permitido o confronto entre atitudes e o que diz as Sagrada Escrituras. A inquisição (colegiado de autoridades aptas a julgar heresias contra as leis católicas), a morte na fogueira (é queimar mesmo no fogo com lenha e tudo) deu lugar ao “ir pro banco” (punição típica nas igrejas evangélicas que consiste em se impedir o serviço no templo até que o pecador se arrependa da sua má conduta, neste caso, que se arrependa de ter questionado o comportamento inadequado e condenável de seus líderes), a morte espiritual, modalidade de punição que consiste em se criar condições para que o rebelde (quem discorda do pastor ou liderança) possa sair da igreja ou abandonar o evangelho, assim fica o assassinato com um aspecto de “justiça divina”.

Ambos tem suas bíblias idênticas, um já tem 7 livros a mais oficializados no cânon sagrado, já o outro tem tantas profecias e revelações particulares de ultima hora que deve dar para se escrever mais uns 7 x 7 livros para se acrescentar na Bíblia.

De fato ainda existem diferenças entre católicos e evangélicos, mas neste ritmo logo o sonho de algumas lideranças evangélicas e católicas vão alcançar o tal ecumenismo e aí sim, orgulhosamente todos serão irmãos e seguirão com seus rebanhos de bodes ao mesmo deus (não é erro de escrita) e vão morar juntinhos num lugar quentinho. Mas o rebanho de Cristo certamente não se deixará seduzir por vozes estranhas e doutrinas de homens. Que sirva de alerta a todos o que diz as Escrituras sagradas ( Mt 7:16 ; I Tm 1: 7).

Nesta edição vamos examinar mediante a história e o exame das Escrituras Sagradas como tem sido e como se espera que seja o comportamento cristão diante do desafio de servir a Deus mediante momentos de crise e conflitos mundiais, locais ou pessoais.

quinta-feira, 13 de maio de 2010 às 15:17

11 Comments to "Católicos x Evangélicos. Ainda existem diferenças?"

é isso aí meu irmão, não vejo muitas diferenças, pois a venda de indulgências são as mesmas!
eis me aqui meu irmão, agradecendo sua visita, "se puder fazer algo por mim" voçê disse, pode sim, seja um seguidor e divulgue meu blog e ja estou seguindo o seu viu? parabéns pelo blog, muito bom. paz seja contigo querido!

Primeiro, obrigado pela visita ao meu blog. Volte sempre!

Realmente, o evangelicalismo moderno, infelizmente, aproximou-se demais do catolicismo, mas se no segundo os leigos não podiam ler a Bíblia, não tendo acesso à esta, no primeiro todos têm acesso à Palavra, mas, por desleixo e preguiça, muitos "evangélicos" se eximem de ler, meditar, conhecer a Bíblia, acomodando-se às palavras "revelatórias" de seu líderes, pseudo-profetas e pseudo-apóstolos. Aí, vamos rapidamente caminhando para a apostasia que vai se estendendo sobre grande parte da igreja cristã.

Deus o abençôe. Abraço!!!

Amado Nicodemos,

Belíssima postagem! E muito verdadeira. Essas constatações nos levam a pensar no seguinte: se a Babilônia (religião) do Apocalipse é, realmente, a igreja de Roma, que se desviou do princípio verdadeiro (apostatou), as palavras do capítulo 17, versículo 5, passam a ter um sentido real, atualmente: "Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA".

Ora, os filhos herdam muitos traços de seus pais, apesar de serem indivíduos distintos. Então, tudo que se derivou da Babilônia carregará traços dela, apesar de serem individualmente distintos. Sem querer ofender aos cristãos sérios que fazem parte das instituições evangélicas, o que se deduz é que tais instituições foram arroladas nessa profecia. E cada um deve olhar para a misericórdia do Senhor, negar-se a si mesmo, e obedecê-lO, pois, onde Ele determinou a condenação, também deu a palavra de livramento: "Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos" (Ap 18.4).

Que a Paz do Senhor Jesus continue com você e seus leitores!

Em tempo: a minha marca "kasteloforte" é tradução do meu sobrenome (Burkhardt - germânico antigo). A letra "k" é também é dele, pois, no alemão atual, essa letra foi mudada para "g". Como o sobrenome, a marca ficou diferenciada do normal.

De fato...

O que na igreja católica nós chamamos de idolatria, tem sido a realidade da maioria dos cristãos evangélicos dos últimos dias, que tem se apegado ao mundanismo e ao materialismo, em vez de experar com grande ansiedade pela pátria vindoura.

Lamentável!

Bom encontrar gente disposta a denunciar.

Bendito seja Deus por tua vida!

Obrigada pela visita ao nosso blog e também pela participação tão adorável.

Em tempo, seu blog está uma bênção e deve brilhar cada vez mais nessas trevas que imperam no mundo.

Deus te abençoe e guarde.

No amor dEle.

Elaine Cândida

Olá Nicodemos,
ví seu comentário no Blog do marcio de souza e vem conferir.... Devo confessar que comungo com muitas das suas ideias e posturas. Já estou seguindo... ah, o post é de uma sinseridade ímpar! Parabéns!

www.wendelbernardes.blogspot.com

Sábias palavras irmão, meus parabens.

http://featualizada.blogspot.com/

Eu participei de estudos bíblicos por correspondência, na minha juventude, até o momento em que questionei sobre ter sido o dilúvio mesmo uma inundação universal, ou apenas uma grande enchente na região entre os rios Tigres e Eufrates (acho que era em Ur, na Caldéia, não lembro).

Recebi carta dos EUA, que ainda devo ter guardado junto aos meus pertences “pré-históricos”, como coleção de embalagens de cigarro vazias. Nessa carta, de certa forma, foi inquirida a “qualidade” da minha fé, ou seja, como eu poderia estar contestando uma informação bíblica? Resultado. Mesmo sentindo-me importante, em meus 16 anos de idade, por ter recebido uma carta de tão longe, eu acabei me afastando e interrompi tais estudos.

Eu sou católico. Eu era obrigado a freqüentar as missas. Cheguei a levar uma surra de minha mãe, depois que me denunciaram que eu não assistia à pregação, pois ficava do lado de fora da igreja, jogando bolinhas de gude com outros meninos.

Eu lembro que o padre sempre pedia recursos para uma ou outra finalidade. Meus avôs ajudaram a construir a igreja que freqüentávamos. E eu me lembro, de ter ouvido falar, de que na época (1964 em diante), pessoas ainda compravam cadeiras e terrenos no céu.

Casamos na igreja católica. Nossos filhos são batizados nela. Mas eu não freqüento missas nem estimulo ou proíbo aos meus sobre tal opção. Nada praticante, portanto.

Lembro também, citei isso em um comentário a uma crônica em jornal local (http://www.jornalnh.com.br/site/interativo/interativo,canal-5.htm) de que quando meu filho fez a primeira comunhão, e eu fui convidado a ser um dos dois leitores da homilia, já que só nós (pai e mãe) freqüentávamos todas as aulas da catequista, eu escutei, lá no púlpito da catedral lotada, o bispo solicitando recursos para os catequizadores continuarem a lutar contra o comunismo (isso foi bem depois da queda do muro de Berlim).

O que se busca indo a um templo? Não seria paz espiritual? Não seria alimento para matar a fome da esperança em dias melhores para os que nos são próximos? E temos que pagar, “religiosamente” por isso?

Desculpe por entrar nesse espaço virtual, sem ter sido previamente convidado, e expressar tal desabafo, ter discorrido sobre fragmentos de minha vida.

Mas, assim como eu sinto revolta, indignação, por ver o quanto somos extorquidos por representantes políticos (executivo e legislativo) e judiciais (como somos injustiçados), se percebe que em assuntos religiosos há paradigma de semelhanças.

É lamentável que a fé seja tão banalizada, seja objeto de comercialização. Apesar de que a própria Bíblia alerta:
Jeremias 17:5 Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!
Felicidades a todos vocês.

Oi, Nicodemos, como vai? Graça e Paz! Obrigado pela visita ao meu blog. Fico feliz ao saber que existem muitos cristãos conscientes com lucidez para denunciar o contra-senso da religião. Confesso que cansei do mundo gospel, mantenho distância dele. Nosso compromisso é com o evangelho, não aquele pregado em muitas igrejas "evangélicas" que tem relação com mamom e com apóstolos e profetas místicos surtados e gananciosos, e sim o evangelho libertário de Cristo. Temos que batalhar pela fé entregue aos santos, pregar a sã doutrina, inclusive mostrando o que parece a palavra mas que de fato não é. Muito do que se vê e ouve atualmente em muitas igrejas tem relação com modismos apóstatas, heresias destruidoras, prosperidades demoníacas ensinadas em nome de Jesus. Já estou te seguindo, te convido a ser seguidor no meu blog. E assim prosseguimos nos divulgando. Abraço!

verdades incontestaveis, estao muito parecidos

www.exejegues.blogspot.com

Parabéns pelo seu blog,como é bom saber que ainda existe pessoas que não dobraram seus joelhos a Baal.Deus o abençoe,já estou te seguindo,quando puder dê uma visitada no meu blog.
Francisco de Aquino
www.solascriptura-scriptura.blogspot.com

Olha, eu concordo que muitos são os pastores, profetas que se dizem homens de Deus para aproveitar da fé das outras pessoas, porém não podemos julgar todos assim, principalmente a respeito da oferta, eu creio sim que o que damos para Deus é mutiplicado e outra se fosse assim o próprio Senhor Jesus queria usurfluir dos bens das pessoas, não foi Ele quem pediu todo o sustento da viúva, pediu ao jovem rico que vendesse todos os seus bens, e o que dizer de todos os homens do passado que lançaram suas ofertas e sacrificios no altar de Deus, como abraão por exemplo que iria sacrificar seu único filho, provando assim o seu amor incondicional, se for citar todos os homens do passado que ofereceram sacrificios no altar de Deus não haverá tempo nem espaço....claro que não adianta nada oferecermos ofertas a Deus se nossa vida não for entregue nas mão d'Ele.

Permanecendo na fé e no sacrifício,
Hellen Dayane.

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