OS SADUCEUS, OS FARISEUS E NÓS

OBS: Este é mais um artigo que foi publicado no Jornal impresso CASTELO FORTE 10º edição

Jesus Cristo em sua andanças pelas terras da Judéia e Galiléia se encontrava com todo o tipo de pessoa. 

Umas iam ao seu encontro em busca de curas, milagres, seja para si ou para seus familiares e empregados. Outras se aproximavam Dele querendo ouvir Palavras de sabedoria, Lhe Perguntar qual o caminho a ser seguido para serem salvos do pecado e da ira de Deus. 

Havia aqueles que buscavam em Jesus um líder político que pudesse resolver os problemas do povo judeu que vivia debaixo do domínio do império romano.

Cada encontro destes nos transmitem preciosas lições e princípios espirituais eternos; porém, quero comentar sobre as  variadas classes de pessoas religiosas da época.



É necessário observar que naquela época a classe religiosa possuía grande status político e social. Os saduceus possuíam maior influência política enquanto os fariseus eram mais influentes junto ao povo. Já os anciãos eram um grupo de pessoas de aristocratas sacerdotais e de grande poder financeiro que compartilhavam de parte dos princípios dos saduceus. Atribui-se José de Arimatéia (Mc 15:43) como ancião. Também haviam os Escribas  eram em sua maioria fariseus advogados e filósofos formados em direito e que seguiam rabinos ou mestres como Gamaliel (At 5 :34 e At 22:3).

O Sinédrio era uma espécie de senado composto por 71 pessoas (grande maioria de saduceus) e o Sumo Sacerdote que era o líder máximo (em geral saduceu).    
                        
Ambos se toleravam por motivos distintos. O Saduceu precisava do apoio Fariseu para ter maior aproximação com o povo, uma vez que era uma classe política que se empenhava em agradar o império romano. Já os fariseus toleravam os saduceus para poderem ter alguma influência política.

Quanto a Palavra de Deus os Saduceus eram mais rigorosos em preservar a autoridade da Palavra de Deus escrita, que consiste nos livros de Moisés, o que não significava que eram perfeitos ou que suas posições doutrinárias diferentes como:
1-Desconsideravam que Deus agisse na vida cotidiana.

2-Não criam na ressurreição dos mortos (Mt 22:23; Mc 12:18-27; At 23:8).

3-Acreditavam que com a morte a alma se desfazia não havendo nenhuma penalidade ou recompensa depois da vida.

4-Não acreditavam na existência de mundo espiritual, nem anjos e demônios (At 23:8).

Só entraram em pleno acordo com os fariseus quando o assunto foi a condenação e crucificação de Jesus (Jo 11:48-50; Mc 14:53; Mc 15:1). Outras passagens que mencionam os saduceus são At 4:1, At 5:17. Quando Jerusalém foi destruída em 70 d.c por Roma a classe dos saduceus também foi destruída.

Os fariseus eram em geral empresários de classe média e conseqüentemente tinham maior contato com o povo e mesmo em minoria conseguiam ter grande influência nas decisões do Sinédrio devido ao status diante do povo.

Os fariseus consideravam a palavra escrita inspirada, porém também atribuíam à tradição oral a mesma autoridade que as Escrituras tentando ligá-la a Moisés, gerando acréscimos e à interpretação das Escrituras (Dt 4:2; Ap 22:18-19). Os Evangelhos mostram exemplos dos fariseus que obedeciam e tratavam essas tradições como sendo iguais à Palavra de Deus (Mt 9:14, 15:1-9, 23:5, 23:16, 23; Mc 7:1-23; Lc 11:42). 

Os fariseus acreditavam no seguinte:

1-Deus controlava todas as coisas e na influência de nossas ações no curso de nossas vidas.

2-Acreditavam na ressurreição dos mortos (At 23:6). 

3-Na vida depois da morte, com a devida recompensa e punição individual. 

4-Acreditavam na existência de anjos e demônios (At 23:8).

Os fariseus eram mais preocupados com a tradição religiosa do que com a política e não apoiaram a rebelião contra Roma que causou a destruição de Jerusalém em 70 D.C, e deste modo sobreviveram por fazer a paz com os romanos
Percebemos que Jesus censurou, repreendeu e condenava a atitude de saduceus por sua descrença em relação às coisas espirituais e aos fariseus pelo legalismo em cumprir regras e tradições humanas como forma de agradar a Deus.

Eles com suas posturas, regras e caráter negavam preceitos importantes da Palavra de Deus como o amor, justiça, misericórdia e impediam que outras pessoas pudessem se aproximar de Deus por imporem inúmeras ordenanças; enquanto que na prática contrariavam o real valor da palavra de Deus.

Será que nos dias atuais não temos agido ora como saduceus, ora fariseus negando aos outros aquilo que Jesus conquistou de Graça para todos quantos o receberem em suas vidas (At 1:12)? 

Quem sabe temos impedido com nossas atitudes que as pessoas creiam em um Deus Santo e Amoroso e oferecemos apenas religiosidade vazia de Amor e cheia de mentiras?

Ou talvez tenhamos aprendido a ser “bons religiosos” e péssimos servos de Deus?

Se cada um se examinasse não sofreríamos condenação e acusação, seja do mundo ou de Satanás e o mais importante: Não seríamos rejeitados por Deus.

fonte: bíblia Ilumina

sexta-feira, 20 de maio de 2011 às 13:24

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